SÃO SUAS
ESSAS DESESPERANÇAS QUE ME RONDAM
O MEU ABANDONO E FRUTO DE SUA AUSÊNCIA
SAIBA ENCONTRARAS FAGULHAS TIMIDAMENTE QUIETAS
OUTORA INQUILINAS DO FOGO
QUE SÓ CONSOMEM
O QUE LHES É PERMITIDO.
SÃO MINHAS
ESSAS INVESTIDAS CONTRA O TEMPO
MINHAS DUVIDAS SÃO ÚNICAS SENTENÇAS
E ENGESSAM-ME COMO MORDAÇAS DE CIMENTO
SÃO NOSSAS
ESSAS CUMPLICIDADES TARDIAS
ESSES DESEJOS DESORDENADOS
ESSE FALAR QUIETO
ESSE CANTAR EM RESPOSTA AOS PASSARINHOS...
JULIO COSTA
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
MONOGRAMA
Versos teus , meu amor!
eu achei pelo chão
como se fossem folhas
numa só direção.
Versos teus, meu amor!
eu achei rabiscado
num negro carvão escondido
na parede enfeitada à cal.
Agarrei os com fúria
esvaziaram-me as mãos
entreguei-me a lamuria
exorcizei a razão
Versos teus , meu amor!
eu achei
rabiscados na lama
desprezei o rancor
revisei nossa trama
reencontrei nosso amor
eu achei pelo chão
como se fossem folhas
numa só direção.
Versos teus, meu amor!
eu achei rabiscado
num negro carvão escondido
na parede enfeitada à cal.
Agarrei os com fúria
esvaziaram-me as mãos
entreguei-me a lamuria
exorcizei a razão
Versos teus , meu amor!
eu achei
rabiscados na lama
desprezei o rancor
revisei nossa trama
reencontrei nosso amor
num velho monograma.
Júlio Costa
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
AMOR
Entre lágrimas e pétalas
o amor me vem
me faz refém.
O efémero beijo me angustia
um ser excêntrico
de volúpia, fugaz,
Um andrôgeno ser me é o amor
fruto inocente repousando num quarta de relíquias
O amor agora é somente barulho de chuva chuviscada no telhado
Os pés teimosos insistem em sujar o tapete da sala.
As fronteiras são imagens
A moradia é universo
O gueto é universo
O núcleo é universo
O vale é universo
ama-se aqui, como se ama em além mar
é medíocre camuflar o amor
debruçado na sombra fria
entregar-se ao amor
ao seu último respaldo
no fim desse dia.
Julio Costa 12?11/1996
o amor me vem
me faz refém.
O efémero beijo me angustia
um ser excêntrico
de volúpia, fugaz,
Um andrôgeno ser me é o amor
fruto inocente repousando num quarta de relíquias
O amor agora é somente barulho de chuva chuviscada no telhado
Os pés teimosos insistem em sujar o tapete da sala.
As fronteiras são imagens
A moradia é universo
O gueto é universo
O núcleo é universo
O vale é universo
ama-se aqui, como se ama em além mar
é medíocre camuflar o amor
debruçado na sombra fria
entregar-se ao amor
ao seu último respaldo
no fim desse dia.
Julio Costa 12?11/1996
ANJO
Minha branca menina
para onde esse mórbido destino
nos encaminha?
Insuperável mulher!
porque mesmo distante
de ti voltei
carregando o fardo
de tudo que por ti não abandonei.
A dor de sofredor por um amor platónico
e vivo remando contra a correnteza
por esse amor estapafúrdio, anti lógico
mas se redime ante a tua beleza
Minha branca menina
porque descestes do céu?
como um anjo em sua sina
com a fúria de um Lúcifer
ou um amor de Gabriel
ó minha branca menina
porque não me levas ao céu?
Julio C Costa 15/01/1992
para onde esse mórbido destino
nos encaminha?
Insuperável mulher!
porque mesmo distante
de ti voltei
carregando o fardo
de tudo que por ti não abandonei.
A dor de sofredor por um amor platónico
e vivo remando contra a correnteza
por esse amor estapafúrdio, anti lógico
mas se redime ante a tua beleza
Minha branca menina
porque descestes do céu?
como um anjo em sua sina
com a fúria de um Lúcifer
ou um amor de Gabriel
ó minha branca menina
porque não me levas ao céu?
Julio C Costa 15/01/1992
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