domingo, 17 de abril de 2011

CANOA VOADORA

Contemplai
Vejas meu amor
Quanta luz
Verve resplendor

Era como um sol Brilhante na manhã
Era um girassol sorrindo ao poente
Era cicatriz fechando com afã
Era uma atriz  encenando com a gente

No cair do noite a tarde ficou nua
quis subir ao céu
só pra tocar a lua
sem se aperceber que as nuvens era um véu

Com sofreguidão ignorastes a gravidade
Sem se aperceber que as nuvens eram o chão
Pisou e dançou  no solo da equidade
Nublado de lágrimas horizonte era visão

Num dançar sereno  encantado baila a quilha
O silencio inquieto vendo o novo navegar
Surge na baia penteando  o céu da ilha
Como a cantilena mais suave que o ar!

E os pés corriam entre gritos, pés  e praia
Num vasto delírio loucos por te acompanhar
E um risco de névoa suplantado a sua saia
Dançam à deriva entre a baia e o mar

Eu subi ao morro de onde pudesse olhar
Eu só fui buscar alegria duradoura
E passou tão perto que nem pude acreditar
Eu vi meu amor numa canoa voadora


Julio Cesar da Costa  abril 2011