Os versos que guardei para ti
São suaves como rendas de espumas
São leves como um revoar de plumas
São soturnos como canta um juriti
E deles eu pranteio a minha lousa
Avivo meu olhar no seu encanto
Aceito o suplicar de um acalanto
De ave que balança ali e pousa
E quando a tarde chama já cansada
E entrega a noite as chaves da penumbra
Procuro aurora na luz da longa estrada
Recolho as folhas secas junto ao dia
São trechos, versos que a ti deslumbra
E chora o alaúde no jeito que eu pude te acordar,poesia.
Julio Cesar da Costa
2012