Ser um barco sem água
Ser um barco sem cais
Ser o sol moribundo
Sem saber onde vais.
Não me digas que sabes
da vagueza de um olhar
e o infinito que cabes
num simples marulhar
Ser um barco sem água
Ser um barco sem porto
Uma nau ensandecida
Pelo sonho sonho já morto.
Só me digas que lembras
da promessa empenhada
Eu ficava e tu ias
Já singrando as baías
A cidade espelhada
Não te esqueças de mim!
Júlio César da Costa
Poética da predilecção
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