Morena
mal seu nome eu guardei
mas o calor da tua face
ainda esta nas minha mão.
Morena
o arrepio de suas costas
é a floresta dos meus braços
lhe cobrindo de calor.
Teu perfume inebriante
junto a fenda da tua boca
que beijei com embriaguez.
Te daria tanta coisa
cantaria-te em versos
secaria seus cabelos
com o linho que é das ninfas.
Morena
mal seu nome eu guardei
mais a relva da tua pele
ainda esta na minha mão
Morena
a brilhar ao seu sorriso
como um sol à meia-noite
como um afago no açoite
e sua fina discrição.
Te daria tanta coisa
pintaria seu retrato
beijaria suas mãos
engomaria seus lençóis
secaria seus cabelos
com o sopro
que é do vento,
Morena!
Júlio césar da Costa
Poética da Predilecção
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