sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

AMOR

Entre lágrimas e pétalas
o amor me vem
me faz refém.
O efémero beijo me angustia
um ser excêntrico
de volúpia, fugaz,
Um  andrôgeno ser me é o amor
fruto inocente repousando num quarta de relíquias
O amor agora é somente barulho de chuva chuviscada no telhado
Os pés teimosos insistem em sujar o tapete da sala.
As fronteiras são imagens
A moradia é universo
O gueto é universo
O núcleo é universo
O vale é universo
ama-se aqui, como se ama em além mar
é medíocre camuflar o amor
debruçado na sombra fria
entregar-se ao amor
ao seu último respaldo
no fim desse dia.

Julio Costa 12?11/1996

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