sábado, 8 de janeiro de 2011

GRAÇA

Da vida, perdi de todo o gosto
desde o dia
em que me deixastes,
ó da Graça,
por um medíocre pressuposto
ou por medo de meu amor latente.

Ai quem me dera
ter em mim
essa volúpia
desse teu amor em ânsia
eu voltaria então,
a nossa pura infância
e te roubaria um beijo
primeiro desejo
desse meu amor insano.

Da vida, perdi de todo o gosto
desde o dia
em que não vi mais seu rosto
tua face pálida
na moldura opaca
do artista plástico.



Júlio Costa ( Cacos de mim- poesia arte 1994)

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