Faz de conta
Que essa conta não é minhaNão posso lhe pagar com conchas
Nem com colares de capiá
Lembra quando aprisionávamos flores
Nas páginas aleatórias dos livros
Lembra quando perseguias as ondas
Sonhando com um ano novo melhor,
Segurando a saia branca
como rosas boas para quebrar quebranto.
Faz de conta
Que outra vidajá esta pronta
Que posso deixar essa máscara de alecrim
Rever-te colombina
Me entregando seu sorriso.
Lembra ainda do vento da beira mar
Despenteando-lhe os cabelosE minha maneiro insólita de tocá-los
Lhe tirando sobre os olhos.
Faz de conta
Que essa conta não é minhaNão posso lhe pagar com versos
Nem com cantigas
Esqueça essas marcas de expressões
Não são por ti
São antigas...
Julio Cesae Costa
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