domingo, 8 de abril de 2012

A CONTA

Faz de conta
Que essa conta não é minha
Não posso lhe pagar com conchas
Nem com colares de capiá
Lembra quando aprisionávamos flores
Nas páginas aleatórias dos livros
Lembra quando perseguias as ondas
Sonhando com um ano novo melhor,
Segurando a saia branca
 como rosas boas para quebrar quebranto.



Faz  de conta
Que outra vida
já esta pronta
Que posso deixar essa máscara de alecrim
Rever-te colombina
Me entregando seu sorriso.



Lembra ainda do vento da beira mar
Despenteando-lhe os cabelos
E minha maneiro insólita de tocá-los
Lhe tirando sobre os olhos.



Faz de conta
Que essa conta não é minha
Não posso lhe pagar com versos
Nem com cantigas
Esqueça essas marcas de expressões
Não são por ti
São antigas...


Julio Cesae Costa


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