segunda-feira, 4 de outubro de 2010

AQUELE VENTO

Aquele vento
carregava centelhas faiscantes
de teus cabelos como um pôr-do-sol,
tingindo de sangue todas as árvores na distância
O que levastes de mim?
como um sopro ligeiro
carregado de folhas,
nem um olhar sequer para trás.

Aquele vento
carregava anelos desfeitos
de teus cabelos como um tufão
destruindo valentemente incontido
todas as cercas.
O que levastes de mim?
como um banho de chuva esperado
nem um adeus sequer ficou.

Mas quantas vezes agora
imploras em sonho um abraço meu
quantas vezes torturou-me pensando em mim
trazendo um incomodo na madrugada
com raios e relâmpagos lá fora,
Sossega ó vento!
sou água branda agora!


 Júlio César da Costa

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