domingo, 3 de outubro de 2010

POEMA ABANDONADO

Um poema abandonado
numa página qualquer
nunca d´antes tão lembrado
como um velho bem-me-quer.


Um poema enclausurado
em sua linha diacrónica
tanto tempo ali parado
sua cegueira já é cronica

Rasgue o lacre grite o verso
que o poema transcendeu
esse sonho é tão perverso

foi você quem concebeu
malfadado beijo inverso
o poema aconteceu!


       Júlio César da Costa
       Poética da Predilecção

Nenhum comentário:

Postar um comentário