segunda-feira, 4 de outubro de 2010

LEMBRA-TE DE MIM!

     Ser um barco sem água
  Ser um barco sem cais
  Ser o sol moribundo
  Sem saber onde vais.


  Não me digas que sabes
  da vagueza de um olhar
  e o infinito que cabes
  num simples marulhar


 Ser um barco sem água
 Ser um barco sem porto
 Uma nau ensandecida
 Pelo sonho sonho já morto.


 Só me digas que lembras
 da promessa empenhada
 Eu ficava e tu ias
 Já singrando as baías
 A cidade espelhada
 Não te esqueças de mim!

  Júlio César da Costa
  Poética da predilecção

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