quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ONDE ESTA O AMOR

Um amor não se pode medir assim
Com palavras nem canções
Só um simples aterrissar como colibri,
Com a face inversa da mão ofertar um carinho
São cidades paradas por nada
E se cruzam em ruas, alamedas, calçadas
Sem incapaz de dizer:
“to aqui”
Deixei uma rima por detrás do retrato
Seu sorriso eu roubei da fotografia
Um amor desmanchando no chão
Como bala descascada ao sereno,
É manjar de formigas,
Devolva-me o aceno
Que me levou da janela
Descascando cebola
Chorando sobre a panela
Um vinil na vitrola
Deslizava Tim Maia
E o molho vermelho já manchou a sua saia,
Arrebentei a sapucaia!
Mas é no peixe com coco
Que o amor me renasce
É com alho, sal e coentro
Veja assim, lá por dentro
O amor estava aqui!


Júlio Cesar da Costa
Poética da predilecção

Nenhum comentário:

Postar um comentário